AURI

Cliente: Pipeway

Veículo autônomo para inspeção de risers flexíveis, desenvolvido para operar em águas profundas.

A seção vertical de um duto offshore, conhecida como riser, conecta a linha que percorre o leito do mar à unidade de produção. Conectados da plataforma até águas profundas, risers estão sujeitos a condições de operação extremas, tais como altas cargas e correntes submarinas. Corrosão, fadiga, abrasão e danos causados por choques com objetos estranhos são fatores que precisam ser levados em consideração para que a produção de petróleo e gás não seja comprometida.

O duto flexível, solução de engenharia utilizada na maioria das instalações de risers, garante um alto grau de confiança, requerendo pouca manutenção. No entanto, apesar dos avanços de projeto e instalação, a inspeção de risers é um campo pouco explorado, onde a tecnologia ainda não alcançou a demanda dos usuários.

A demanda por melhores técnicas de inspeção de risers desencadeou o projeto de uma nova ferramenta. Tal ferramenta consiste num veículo autônomo de inspeção de risers, chamado AURI (do inglês Autonomous Underwater Riser Inspection Tool), que utiliza o próprio riser como guia. A ferramenta consegue controlar sua velocidade e é adequada para carregar vários dispositivos de inspeção. O primeiro protótipo AURI foi desenvolvido para realizar inspeção visual, através de um sistema integrado de câmeras, cobrindo 100% da superfície externa do riser.

O AURI pode alcançar profundidades de até mil metros e, em sua próxima versão, a meta será de três mil metros. Para sua submersão, são utilizados dois thrusters elétricos. A ferramenta foi construída com vários mecanismos de segurança para assegurar sua recuperação em caso de falha, minimizando também chances de danos ao riser. A missão do AURI é considerada completa quando qualquer das seguintes condições forem alcançadas:

  • 1. Atingida pressão máxima no sensor de profundidade;
  • 2. Fim do percurso de corrida detectado;
  • 3. Duração máxima da missão excedida;
  • 4. Inclinação máxima detectada pelo inclinômetro.

Graças a sua flutuabilidade positiva, o AURI irá sempre retornar à superfície, mesmo se sua eletrônica ou as baterias falharem.

A Minds at Work participa do projeto AURI, em conjunto com a PETROBRAS e com o Centro de Pesquisa em Tecnologia de Inspeção da PUC-Rio (CPTI), contribuindo com o desenvolvimento do seu software de controle e configuração.